Segundo Smith, as aldeias antigamente não eram feitas próximas a rios, devido a doenças como malária e outras, logo, as construções eram sempre erguidas a uma certa altitude. “A tradição, ao menos nessa região, era de construir em cima de pedra. A base, o alicerce dessa casa senhorial do século XVI, XVII, é uma grande pedra”, afirma. Tony também aponta a existência de uma pequena capela, já em ruínas, onde foi montado, ao lado, um palco para pequenos eventos e concertos. “É mágico”, conta.
A Quinta remete a uma época em que, segundo Smith, ocorria um boom populacional na região, que vinha se expandindo desde a cidade de Guimarães, chegando também na região de Arouca.
“Nessa área temos muitos conventos, igrejas e mosteiros antigos, e esses religiosos detinham um know how, podemos dizer, agrícola, não se limitando apenas ao conhecimento eclesiástico”, diz.
O plantio comum na região era o de batata, milho, o que a Quinta de Covela produzia até os anos 80, antes de virar uma vinícola, de fato.
“Até hoje temos plantação de cereja, frutas cítricas, pêssego e nectarina, além de um bosque de cortiça, o que faz com que nossa produção vá além de apenas as uvas”.