Vinho Engorda? O problema das calorias não está na taça de vinho, mas na sua culpa

“Como assim você bebe vinho quase todo dia e ainda corre 10km como se nada tivesse acontecido?” — essa pergunta veio de uma amiga com quem fui correr ontem de manhã. Ela se surpreendeu quando pedi apenas uma horinha a mais para dormir, pois tinha bebido vinho no jantar e queria relaxar bem antes de colocar o corpo em movimento.

Mal sabia ela que o vinho não me atrapalha. Pelo contrário. Ele se encaixa no meu ritmo, nas minhas escolhas, nas minhas necessidades. O que atrapalha, de verdade, é a culpa.

A corrida, o vinho e o meu corpo em paz

Pratico corrida de rua há mais de duas décadas. Sempre digo que é a minha terapia: pegar o tênis, respirar a vida, suar os pensamentos. Já corri em mais de 30 países diferentes, lugares que me desafiaram e outros que só me trouxeram prazer, mas uma coisa é certa: todo final de prova é algo digno de celebração, pelo dever cumprido e meta atingida. A corrida me ensinou que saúde não é castigo. É fluidez.

Ontem mesmo, fui correr com uma amiga e pedi para sairmos uma hora depois do combinado — tinha bebido vinho no jantar e queria dormir mais um pouco. Durante o trajeto, ela me disse, meio rindo:

“Não sei como você consegue. Quase todo dia bebe vinho, mantém a forma e ainda só pede uma horinha, como se o vinho tomasse só isso da sua vida, sem nenhum prejuízo. Eu, se bebo numa noite, no dia seguinte não levanto da cama nem para tomar café, imagina correr 10 km às sete da manhã.”

E ali, com o fôlego da corrida e a leveza da conversa, compartilhei com ela o que sustenta meu estilo de vida: a Teoria da Mesa Balanceada — um conceito que apresento no final do meu livro O Despertar do Vinho.

Essa teoria propõe que o bem-estar não se constrói com extremismos, mas com equilíbrio real entre quatro pilares fundamentais:

corpo, alimentação, hábitos e emoções.

“Você pode integrar o consumo de vinho a um estilo de vida saudável e equilibrado. Incorporando a teoria da mesa balanceada na sua vida, fará escolhas conscientes sobre o que trazer à sua mesa, estruturando uma vida mais harmoniosa e organizada.”
(O Despertar do Vinho, cap. final)

Mostrei a ela que saúde, para mim, não é uma equação de culpa e sacrifício. É sobre ouvir meu corpo, respeitar meus ritmos e incluir o vinho como parte de um prazer consciente — sem deixar de lado o cuidado com o corpo, o sono, os movimentos e os afetos.

Sim, mantenho minha forma física. Mas também dou prazer às minhas sensações. E sigo com a certeza de que o meu dever com o corpo está cumprido. Porque não se trata só de consumir uma bebida. É sobre entender como ela se encaixa na sua vida, nas suas rotinas e nas suas necessidades — sem comprometer sua longevidade.”*

Aliás, entender seu estilo de beber começa com algo essencial: saber seu perfil de provador.

É por isso que criei um quiz gratuito e intuitivo para te ajudar a descobrir como você se relaciona com o vinho — sem certo ou errado, só com mais consciência.

 

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Dietas extremas, performance e o apagamento do prazer

Vivemos em um mundo obcecado por números: macros, gramas, jejum intermitente, corpos definidos com precisão cirúrgica — e quase sempre, pouco espaço para o prazer. Em nome de um padrão, sacrificamos os pequenos rituais que nos conectam com a vida real.

No universo da alta performance, o vinho muitas vezes é visto como vilão. Mas será que saúde é realmente cortar tudo que dá prazer? Será que longevidade se constrói apenas com abstinência?

O que proponho — e pratico — é o caminho do meio. A saúde como uma mesa com quatro apoios: corpo, alimentação, hábitos e emoções. Negligenciar qualquer um deles desestabiliza o conjunto.

Para aprofundar essa ideia de equilíbrio e saúde real, recomendo também a leitura do artigo “Estilo de Vida Saudável: Corpo, Emoções, Persistência… E o Vinho com Isso?”, onde compartilho mais sobre como sustentar escolhas conscientes com prazer.

Calorias no vinho: o que você precisa saber (sem medo)

Vamos à parte técnica, porque conhecimento liberta.

As calorias do vinho vêm principalmente de dois fatores:

  • Álcool: 1g de álcool tem cerca de 7 kcal
  • Açúcar residual: 1g de açúcar tem 4 kcal

Quanto mais alcoólico e mais doce for o vinho, maior será seu valor calórico. Por isso, vinhos secos com menor teor alcoólico costumam ser os menos calóricos. Mas o ponto não é fazer conta. É fazer sentido.

“Uma dieta equilibrada é a chave para um estilo de vida saudável. Saber beber vai muito além de não exagerar: é entender como o vinho se encaixa em sua rotina sem comprometer sua longevidade.”
(O Despertar do Vinho, cap. 4)

O problema é a culpa, não a taça

A culpa pesa mais que qualquer vinho. A culpa é o que faz você pensar que uma taça vai arruinar sua saúde. Que não pode haver prazer e disciplina na mesma equação. Mas pode. E precisa.

Comer bem, se movimentar, dormir com qualidade e brindar com consciência fazem parte de uma vida próspera. Eu me mantenho em forma não apesar do vinho, mas com ele — porque ele me lembra do prazer de viver com mais presença.

Saúde não é privação. É a capacidade de fazer escolhas que te sustentam — inclusive emocionalmente.

Equilíbrio é elegância

No fim, o que mais me encantou naquela corrida não foi o ritmo, nem o tempo. Foi perceber que minha amiga saiu com um novo olhar: o de que podemos cultivar uma vida leve, forte e com sabor.

Não se trata de cortar vinho para correr mais. Se trata de viver melhor para saborear tudo com mais verdade.

✨ Quer aprofundar?

Se você quer aprender a integrar prazer, saúde e vinho com leveza e presença, preencha o formulário de interesse e venha para O Código do Vinho.

🎥 E se quiser entender ainda mais como o vinho pode fazer parte da sua vida com consciência, acesse meu canal do YouTube!

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