Vinho e Bem-Estar Feminino: Como Encontrar Saúde com Prazer

Estilo de Vida Saudável: Corpo, Emoções, Persistência… E o Vinho com Isso?

“Reservar para outra hora é o jeito que o ego tem de dizer, rabugento, que não acredita que a alma mereça prazer no dia a dia. Mas ela merece, de verdade. A Alma sem dúvida merece.” — Clarissa Pinkola Estés

Vivemos um tempo em que cuidar da saúde virou sinônimo de controle. Como se comer bem, manter o corpo ativo e cultivar emoções positivas fossem tarefas a cumprir, e não expressões naturais de amor-próprio. Mas, e se o verdadeiro estilo de vida saudável não estivesse na rigidez, e sim na presença? E se saborear uma boa taça de vinho fizesse parte disso tudo?

Neste artigo, quero te convidar a um olhar mais profundo sobre o que significa viver com saúde. Mais do que isso, quero conversar especialmente com você, mulher, que tantas vezes carrega a culpa de gostar do que é bom. Vamos falar de corpo, emoções, alimentação, prazer, autocuidado e… vinho. Sim, o vinho tem tudo a ver com isso.

Os quatro pilares do bem-estar (e o que o vinho tem a ver com isso)

No meu livro O Despertar do Vinho, compartilho a Teoria da Mesa Balanceada: uma proposta que integra corpo, alimentacão, emoções e hábitos. Esses pilares formam a base de um estilo de vida mais consciente e, acima de tudo, mais prazeroso.

  1. Corpo: atividade física não como punição, mas como expressão de vitalidade.
  2. Alimentação: comida de verdade, com sabores que contam histórias.
  3. Emoções: acolher o que sentimos e aprender com isso.
  4. Hábitos: pequenas escolhas diárias que constroem nossa narrativa.

E o vinho?

Estudos sérios, como os da Harvard Medical School e os ligados à dieta mediterrânea, mostram que o vinho pode fazer parte de uma vida saudável quando consumido com moderação e intencionalidade. Ou seja, ele não é apenas uma bebida: é um elo entre histórias, culturas, sabores e celebrações.

Como escrevo em O Despertar do Vinho (p. 321):

“O vinho pode ter o requinte que sua forma de elaboração e história lhe proporcionam, mas na minha taça ele tem o peso da experiência; saber beber depende da compreensão e da consciência ao degustar.”

Prazer sem culpa: o feminino que cria, sente e saboreia

Hoje, quero encorajar você, mulher, a olhar para si com mais compaixão e coragem. Sim, você pode saborear uma boa comida e um bom vinho. Sem culpa. Você pode, inclusive, acender sua fogueira criativa.

Cozinhar para si mesma, preparar uma mesa bonita ou imaginar uma noite especial com vinho também são formas de criar. Além disso, falo sobre a Solitude e não solidão neste artigo, e te recomendo a ler depois deste, é claro. E isso já é alimento para a alma. Inspirada pelo livro Mulheres que Correm com Lobos, de Clarissa Pinkola Estés, quero trazer aqui os ciclos femininos representados na história de Vasalisa:

  • Limpar nossos pensamentos;
  • Renovar nossos valores com regularidade;
  • Eliminar a insignificância que carregamos;
  • Varrer e purificar sentimentos que não nos servem mais.

Acredite: ao escolher bons vinhos e bons momentos, você está praticando exatamente isso. É preciso um pouco mais de sensibilidade, além de persistência, outro valor essencial dessa jornada.

Persistência suave: sabedoria das águas mansas

Clarissa também diz que “a persistência é estranha: ela exige energia tremenda e pode se abastecer por um mês com cinco minutos de contemplação de águas mansas”. Por isso, um convite: olhe as águas mansas ao seu redor. Talvez seja uma paisagem, um silêncio, um momento seu. Se houver uma taça de vinho, não se prive de girá-la com atenção.

Porque tanto o vinho quanto a vida pedem presença e autoescuta.

Persistir não é forçar. É nutrir. É despertar com delicadeza.

Um estilo de vida onde a mulher cabe inteira

Ser saudável não é caber num rótulo. pelo contrário é caber em si mesma. É honrar os ciclos. É viver com sabor. Se você sente que esse caminho faz sentido, venha comigo.

Preencha o formulário de interesse para O Código do Vinho e descubra como a taça certa pode abrir portas para um novo estilo de viver, com mais sentido, sofisticação e pertencimento.

Estamos juntas nesse barco de sensações. E o vinho com isso? Ele é companhia. Ele é coragem.

Será que saúde tem a ver só com disciplina?

Não exatamente. Embora a disciplina tenha seu valor, saúde verdadeira vai além das metas, números e obrigações. Na prática, ela começa quando aprendemos a escutar o corpo, a respeitar os ciclos e a cultivar escolhas que façam sentido no cotidiano. Ou seja, mais do que rigidez, o que sustenta um estilo de vida saudável é viver o presente — essa capacidade de estar inteira no agora. Portanto, viver com saúde também pode ser leve, intuitivo e, por que não, prazeroso.

Mas onde o vinho entra nessa conversa sobre bem-estar?

Justamente aí: no equilíbrio. O vinho, quando apreciado com intenção e consciência, não é um exagero, nem uma fuga e sim um elo. Além de seus benefícios já comprovados, como os polifenóis e antioxidantes presentes principalmente nos tintos, ele carrega algo que vai além da química: o poder de criar momentos significativos. Por isso, ele pode, sim, integrar um estilo de vida saudável, desde que com moderação, respeito aos próprios limites, celebração da presença e lhe permita ver o momento com leveza e prazer.

Existe um jeito de viver com saúde sem abrir mão do prazer?

Sim, e é isso que venho vivendo e ensinando. A saúde que me interessa inclui sabor, afeto, memória e escolha. Ao invés de restringir, ela expande. Permite o prazer de cozinhar algo gostoso, de montar uma mesa bonita, de brindar um momento só meu — ou com quem me faz bem, como o meu esposo. Portanto, viver com saúde não precisa ser um sacrifício; pode ser uma forma amorosa de cuidar de si com sensibilidade, sem deixar de lado o que traz alegria.

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